Organização da Festa Literária Internacional de Paraty atribui homenagem ao fato de a obra de Hilda Hilst ‘extrapolar fronteiras’. Evento acontece de 25 a 29 de julho de 2018.
A autora brasileira Hilda Hilst será a homenageada da 16ª Festa Literária Internacional de Paraty, que acontece de 25 a 29 de julho de 2018.
Essa é a terceira vez que a Flip escolhe uma mulher como homenageada. Antes, Clarice Lispector e Ana Cristina Cesar também foram centro dos debates do evento Flip.
Em 2017, o homenageado foi Lima Barreto.
Assim como outros poetas brasileiros, Hilda Hilst leu Drummond, Bandeira e Cabral, mas leu também Fernando Pessoa, o francês Saint-John Perse e o alemão Rainer Maria Rilke. O resultado é uma literatura inovadora do ponto de vista da linguagem que exerce, por exemplo, forte influência na cena da dramaturgia brasileira de hoje.
Joselia Aguiar, curadora da Flip, afirma que em 2018 o evento vai manter a preocupação em ter autores e autoras plurais. Em 2017, a Flip teve recorde de escritoras e escritores negros, que representaram 30% dos convidados. Racismo e preconceito estiveram na pauta ao longo de toda a festa, assim como questões de gênero (pela primeira vez, havia mais mulheres do que homens no programa).
Sobre a autora homenageada:
Hilda Hilst nasceu em Jaú, no interior de São Paulo, em 1930, e morreu em 2004. Em sua carreira escreveu poesia, ficção, teatro e crônica, passando por temas como “o amor, o sexo, a morte, Deus, a finitude das coisas e a transcendência da alma”.
Conhecida por livros como “Cantares de perda e predileção”, “Rútilo nada” e “A obscena senhora D”, ela teve suas obras traduzidas para oito idiomas.
Com informação do G1
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