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Chega-se nas cachoeiras de Paraty pedalando entre 6 e 12 km, a partir do Trevo da cidade, com o primeiro trecho plano de quase 4km. A subida se compara a do Redentor-RJ em inclinação, mas o movimento de carros é mínimo, a serra de Paraty não tem saída.
Onde o passeio começa tem ciclovia
A estrada para Cunha é interrompida, mas de mountain bike dá prá ir até São Paulo. Fui até 6km, na cachoeira da Pedra Branca, uma das quatro mais visitadas. De bike se chega a todas.
Cachoeira é água vitrificando a pedra. Água gelada, restauradora. É a vida seguindo apesar das pedras no caminho.
Quem pedala pelas serras vive em busca da experiência do banho primitivo, que limpa o stress de lidar com as notícias políticas, nesse ano eleitoral onde a TV mais uma vez decide tudo, no final das pesquisas e debates e escândalos do momento.
As administrações das cidades travam por seis meses. O cidadão depende 70% do que faz a prefeitura para sua vida rotineira. Uma tremenda gelada para quem trabalha no terceiro setor.
Depois dessa placa é fim da ciclovia. Daí, basta seguir a rua
No final da pedalada de duas horas, ainda pude conferir a situação de risco para os ciclistas de Paraty que utilizam a ciclovia rural e iluminada. Ela termina num trevo onde não tem passagem, as bicicletas ficam à deriva, atravessando cada um de seu jeito e intuição. Os mais velhos e mais seguros contornam com o tráfego, os mais afoitos pegam a contramão, atravessam em local proibido, para acessar a ciclovia.
Chega a parte da subida, tem uma ponte
No fim de semana que passei em Paraty ainda consegui contar umas bicicletas em pontos de convergência do tráfego. A cidade já tem engarrafamentos na Av. Roberto Silveira. Foi onde contei, em dois pontos diferentes, médias de 130 a 170 bicicletas por hora. Em torno da rodoviária, quase a mesma média. Com ônibus manobrando, fica tudo confuso e arriscado.
Dupla falta: motociclista cruza no lugar errado em direção à ciclovia onde motos são proibidas
Quase a metade dos ciclistas anda na contra-mão, são acompanhados por carroceiros, animais de carga, cavaleiros, pedestres na rua. Reina aparente a calma interiorana e todos parecem se entender por tradição, já que pouco mudou em anos. Não vi guarda de trânsito mas a PM passa toda hora, até me viram parado, observando e anotando, um tipo suspeito.
* U-Biker é o codinome do jornalista e ciclo ativista Alex Gomes
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