Quase paralisadas por falta de repasses do governo do estado, as obras da estrada-parque no trecho de 9,6 km na Serra da Bocaina “reduziram drasticamente seu ritmo” segundo fontes confiáveis ligadas ao projeto. Traduzido ao vocabulário popular, as obras pararam. A previsão para a regularização dos pagamentos e retomada das obras é de 15 a 20 dias.
Empresários e moradores de Paraty que passaram pela estrada nos últimos tempos já tinham percebido o freio nos trabalhos. Segundo apurado por este portal, o DER – Departamento de Estradas e Rodagem, responsável pelas obras, está com atraso nos pagamentos aos funcionários.
Por entraves burocráticos no processo de liberação de notas fiscais, a chegada das verbas da Eletronuclear também está demorada.
O trecho em obras, com 9,6 quilômetros e custo de R$ 85 milhões, já tem aproximadamente 1,5 km de blocos intertravados no sentido Cunha-Paraty. A entrega da obra terminada está prevista para fim de 2015.
O piso de blocos de concreto foi indicado para desestimular o excesso de velocidade e evitar acidentes. O início das obras foi o suficiente para que começasse a aumentar o tráfego de veículos. E alguns motoristas ignoram as placas de advertência sobre os perigos e riscos de interdições demoradas, aproveitando a melhoria feita no piso para permitir a passagem dos tratores, caminhões e veículos leves da obra.
Confira imagens de abril de 2014:
Nota © – Todas as imagens pertencem ao portal ParatyOnLine. Qualquer uso das fotos deve ter autorização do autor e proprietário: jornal@paratyonline.com
A Paraty-Cunha liga o Rio a São Paulo pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina, na região da Costa Verde Fluminense. Antigo trajeto dos índios guaianazes e de tropeiros, rota do Caminho do Ouro e do tráfico de escravos, a estrada, mesmo em condições precárias, era a principal via de ligação da Costa Verde com o rico Vale do Paraíba paulista.
A estradinha, íngreme e sinuosa, deixou de receber manutenção regular em 1971, quando passou a integrar o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Há 25 anos o estado tenta fazer a obra, que só obteve licença ambiental há pouco mais de um ano. Graças a um acordo de cooperação entre os governos fluminense e paulista, foram pavimentados os outros 11,4 quilômetros da RJ-165 (até o entroncamento com a estrada-parque) e a SP-171, que liga Cunha a Guaratinguetá. O trecho do parque ficou no meio, sem pavimentação.
Antes da conclusão da obra, contudo, a estrada terá de ser totalmente interditada: não se pode assentar o tipo de piso, intertravado, com tráfego na estrada. É diferente do asfalto, que permite a passagem por uma pista.
Serviços executados:
– Execução de Sistema de Drenagem
· Caixas Coletoras;
· Descidas d’Água;
· Sarjetas.
– Execução de Obras do Sistema de Contenção de Encostas
· Muros em Gabião;
· Cortinas Atirantadas.
– Execução da Pavimentação
· Regularização do Subleito;
· Execução da Base;
· Execução do Calçamento.
. Instalação dos blocos intertravados.
– Execução de Serviços Complementares
· Tentos Longitudinais;
· Faixas de Segurança.
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