O museu, na Zona Portuária, não será mais custeado com recursos públicos. Orçada em R$ 215 milhões, a obra foi incluída pela prefeitura no leque de intervenções que terão que ser realizadas pelo consórcio Porto Novo, dentro do projeto Porto Maravilha.

Começo das obras do Museu do Amanhã , no pier da praça Maua . Prefeito do Rio Eduardo Paes , José Roberto Marinho e o presidente do Santander , Marcel Portela. Foto Domingos Peixoto / agência o Globo
Projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava e com conceito desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho, o museu deverá ficar pronto no primeiro semestre de 2014. Dedicado à ciência, à ética e à tecnologia, ele terá o patrocínio do Banco Santander, que investirá R$ 65 milhões na implantação e na manutenção da instituição por dez anos.
Na cerimônia de lançamento da obra, o prefeito Eduardo Paes disse que espera que o museu se transforme num novo marco arquitetônico do Rio. Paes comparou a estrutura ao Cristo Redentor, aos Arcos da Lapa e ao Sambódromo:
VÍDEO: Confira a maquete eletrônica do projeto do Museu do Amanhã
Prédio aproveitará energia solar
Com linhas arrojadas em aço e vidro, que lembram um animal marinho adormecido, o prédio terá 15 mil metros quadrados e ficará acomodado sobre um espelho d’água, alimentado com a água da Baía de Guanabara. A água do mar será usada na refrigeração do prédio.
Notabilizado pelas suas obras inovadoras, como a Gare do Oriente, em Lisboa, e a Cidade das Artes e da Ciência, em Valência, o arquiteto Calatrava projetou um prédio cujo telhado se movimentará – como se fosse as escamas de um grande peixe – e será forrado de placas de captação de radiação solar, para reduzir os gastos com energia elétrica.
O paisagismo do terreno – que, com 30 mil metros quadrados, inclui, além do museu, espaços de lazer e ciclovias – será desenvolvido pelo escritório Burle Marx. O objetivo é que o projeto possa buscar a certificação internacional de prédio verde.
Fonte: Jornal O Globo