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7º Paraty em Foco começou de olho na África

O 7º do Festival Internacional de Fotografia em Paraty está de olho no #Futuro, e de olho na África. O fotógrafo sul-africano Pieter Hugo abriu os trabalhos na Casa de Cultura, entrevistado por Alexandre Belém e Georgia Quintas.

Foto: Erika Garrida

“Como o tema do evento é o futuro, interessante pensar na África, onde ainda há tanta coisa para ser feita. É um continente com um futuro possível, introduziu Iatã Cannabrava, organizador do evento.

Em 2006, Hugo ganhou o prêmio World Press Photo na categoria retrato. Seus trabalhos já percorreram galerias em Amsterdã, Nova York, Londres, Toulouse, Sidney. Ele é alto e loiro. Em nada lembra o estereótipo clássico da África, e de certa forma se sente muito diferente por isso.

Foto: Erika Garrida

Atualmente vive na Cidade do Cabo. Cresceu em meio ao regime do Apartheid. Quando em 1994 Nelson Mandela foi finalmente eleito presidente, ele tinha 18 anos. “Ganhei minha primeira câmera do meu pai aos doze anos, e de certa forma foi um grande incentivo para encarar a África do Apartheid”, relembra.

Reconhece que a turbulenta questão de raças está intrínseca em seu trabalho, ainda que não explicitamente objetivada na sua busca como artista.

Foto: Erika Garrida

Não teve educação formal em fotografia. Começou sua carreira como fotojornalista, depois passou a fazer editoriais. A África é seu principal território de atuação, contudo, já esteve no Brasil fotografando a favela da Rocinha no Rio de Janeiro, e viaja o mundo fotografando. Usa muitas máquinas, mas em especial Hasselblads.

Na palestra mostrou seus  principais trabalhos:

Ruanda 2004: Vestígios de um genocídio “Enquanto todos os fotógrafos que eu conhecia foram para a África do Sul cobrir os 10 anos de democracia do país, eu fui para Ruanda ver a situação da região uma década depois do genocídio”.

Look Aside: Série realizada entre 2003 -2006 em que retratou pessoas albinas, idosos e cegos.

Messina/ Mussina: Registro da região fronteiriça entre a África do Sul e o Zimbábue. “Destaco esta foto porque representa muito a realidade da África do Sul. O pai de Timana (a criança da foto) foi preso e esse casal Pieter e Maryna cuidam dele como se fosse um filho”, revela.

The Dog’s Master: Na Nigéria fotografou homens que tratam hienas como animais domésticos. “Quis retratar a relação desses homens com esses animais”, explica.

Foto: Pieter Hugo

Nolywood: Também na Nigéria, “Há uma produção de cinema muito grande. São filmes baratos e os atores recebem o roteiro no mesmo dia. Não quis retratá-los nos sets de filmagem e sim desloca-los do seu cenário habitual”

Foto: Pieter Hugo

Permanent Error: Em Gana, ele registrou lixões tecnológicos. “Aparelhos onde um dia guardamos nossas memórias, ganham novo significado. Muitas pessoas, inclusive crianças, procuram nos resíduos cobre e outros metais para revender. Alguns ficam viciados no gás tóxico que a queima do material produz”, lamenta.

Entrevista e perguntas da platéia

Sobre a fotografia sul-africana analisa como uma ambiente muito novo e surpreendentemente saudável. “O colecionismo de fotografia é algo muito novo por lá”.

“É estranho pensar nas pessoas em uma galeria em Nova York olhando a morte na África”, analisa. Na sua busca como fotógrafo afirma que não busca o belo e sim criar imagens que provoquem alguma reação nas pessoas.

Não acredita na fotografia como uma representação da realidade. “Acho essa visão tradicional da fotografia um pouco claustrofóbica”. E sobre o #Futuro, avisa: “Estou aberto a possibilidades. Estou me sentindo bem no Brasil, poderia desenvolver algum projeto por aqui”.

Fique à vontade Pieter.