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“Gilberto Bem Perto”, em Paraty

*Por Claudia Ferraz. “Subo nesse palco, minha alma cheira a talco…” Ele fez o esperado show de abertura da Flip e trouxe seu Expresso 222 para passar com entusiasmo por Paraty. Sua forte presença e o vigor de sua música chegaram a provocar em certo momento justos protestos por parte do público da área externa da tenda, que se sentiu excluído e prejudicado pelas grades e obstáculos que, embora organizando, impediram a integração de todos ao espetáculo. Nada mais natural nesses nossos tempos de protestos, com a discussão entre público e privado à flor da pele.

Gil e Regina Zappa, autora de "Gilberto Bem Perto"

Com olhar tranqüilo e gestos largos, Gil enfrentou a maratona de encontros com o público com sua espontaneidade peculiar. Muito aplaudido, foi a grande estrela do debate Culturas Locais e Globais, dividindo a mesa com a pesquisadora Marina de Mello e Souza.

“Paraty ganha e perde com o turismo de massa e eventos como esse, de grande porte. É preciso ter cuidado, não perder de vista as possibilidades e o caráter histórico e cultural da cidade. Estive na 1ª Flip, me lembro, era começo, foi mais contida, hoje já é outra coisa, se agigantou, o que é natural”, comentou.

Mostrando-se simpático ao conceito de “defeso cultural”, criado pelo músico e poeta paratiense Luiz Perequê, “trata-se mesmo da necessidade de defender, a palavra ganhou um sentido mais másculo, assemelha-se ao palavreado poético de Guimarães Rosa, mas convoca mesmo à defesa cultural. O patrimônio imaterial é o que nos sustenta e nos dá vida”, disse durante a entrevista que concedeu à imprensa nacional e internacional nos jardins da Pousada do Sandi.

Não faltou assunto. Da paixão pelos livros ao alto preço dos ingressos que vão impedir a presença maciça dos brasileiros mais pobres pelos estádios na Copa do Mundo, muita coisa foi falada. Claro, as manifestações nas ruas, a política cultural que ele não tem visto acontecer, o trabalho gigante e silencioso das redes sociais, a sua atual fase de muito trabalho com shows e viagens se contrapondo a um período de recesso criativo em termos de novas composições.

Gil na coletiva de imprensa durante a Flip 2013

Um Gilberto Gil mais confessional, tal como se revela em sua biografia “Gilberto bem perto”, escrita com a jornalista Regina Zappa, que teve seu pré-lançamento nesta 11ª Flip, enriquecendo o acervo das boas publicações do evento.

“Pra falar a verdade, nunca tive esse anseio de lançar minhas memórias. O interesse é das pessoas. Querem transformar o milho em pipoca e saborear minhas memórias. É até interessante a gente repensar, reviver os momentos e gostei do resultado. Mas acho que minha vida nem merecia ser contada”, afirmou ele, ao lado da jornalista, que admitiu ter sido adorável e muito rico o longo período que passou ao lado de Gil, ajudando-o a resgatar fatos e situações marcantes de sua história como homem e artista. Na verdade, um trabalho essencial, uma vez que ele próprio reconhece:” Nunca tive uma memória muito forte.”

“Foram muitas conversas, horas e horas, acompanhei Gil em muitas situações, inclusive cotidianas, um período muito rico esse em que o vi tão de perto para conhecê-lo melhor. Gil é um sujeito zen, porém intenso, aberto para o mundo”, aponta Regina Zappa, que o ajudou a rememorar sua história como homem e artista.

Em nove capítulos, o registro se completa com um bem selecionado acervo de fotos, escolhidas pelo próprio Gil, para dar o acabamento ao “bordado” da sua contação de história – pontuada de momentos marcantes de alegrias, dores, angústias, amores, fazeres e desfazeres, incursões pela política, sucessos e poesias musicais de primeira grandeza, tudo em meio a confissões de um jeito muito especial de sentir e tocar a vida.

Show de abertura

…“Gil é regido pela inspiração. Muitas de suas músicas vêm desse lampejo, dessa iluminação, que pode chegar de diversas formas…”, registra Regina Zappa à página 237, sobre o processo de criação de Gil. E com muito tempero, a obra ainda faz o leitor mergulhar em facetas deliciosas da vida de Gilberto Gil, que confessou na Flip, com absoluta “liberdade de ser”, ter há muitos anos como um de seus livros de cabeceira o “Autobiografia de um Iogue”, do mestre indiano Paramahansa Yogananda.

Na página 19, uma de suas memórias de infância documenta com riqueza de detalhes as preferência alimentares de Gil, em lembranças cheias de afeto da “culinária variadíssima, comandada por minha avó “. Quem diria… Gil apreciava muito o cominho, que preferia à pimenta-do-reino”. Vale a pena conhecer Gil bem de perto. O lançamento oficial do livro acontece amanhã, 8 de julho, no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa de Ipanema. A partir das 19 horas, com a presença de ambos, Gilberto e Regina.

*Claudia Ferraz é a jornalista responsável do ParatyOnLine e editora do Blog  sobre arte, viagens, design, arquitetura e decoração Adoro Azuis.

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