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Paraty de poesia e de encantamento. *Por Marcela Belchior

As ruas preservadas da cidade histórica fazem o visitante viajar para outros tempos. Os sons, as cores, os cheiros e o desenho das casas trazem gente que não quer mais ir embora.

Caminhar pelas ruas de Paraty é um deixar-se perder. O andar, vagaroso e escorregadio, porque sobre um calçamento secular de pedras arredondadas, as “pés de moleque”, é roteirizado pela sucessão de encontros que a cidade proporciona ao visitante. Um chamamento para a história brasileira e suas reminiscências, um diálogo com uma cultura barroco-mestiça que se revela nos meandros da arquitetura e dos festejos, uma vocação artística e turística.

Tudo isso faz com que uma das cidades mais antigas do País viva da criação – de espaços de convivência, de mesclas de sons, de novas imagens dentro de seu esplendor paisagístico. Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, nasceu ainda no Brasil Colônia (1530-1815), fundada em 1667. Durante esse período, foi sede do mais importante porto exportador de ouro e pedras preciosas de terras brasileiras, escoando minérios que embarcavam das Minas Gerais para Portugal.

A Estrada Real, Caminho do Ouro em Paraty, foi construída por escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos agora extintos índios guaianazes, colocando marcos sinalizadores pelo percurso. De sua história longa, conserva a memória da produção artesanal de aguardente em mais de 250 engenhos no século XVII e do escoamento da produção cafeeira do Vale do Paraíba tempos depois.

Ainda hoje, no Centro Histórico da cidade, está preservada boa parte das edificações coloniais e os períodos festivos articulam as tradições e o novo tempo. A cidade de Paraty é considerada Patrimônio Histórico Nacional brasileiro, tendo sido seu conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e transformado em Monumento Nacional em 1966.

Hoje vive do encantamento de turistas brasileiros e estrangeiros, que se deslumbram com a diacronia de seus cenários e do que se conta por lá. Vive de festas, encontros e celebrações religiosas, com gente que vai de passagem e resolver ficar. Na noite, Paraty se oferece em suas diversas expressões artísticas. Músicos se encontram casualmente na praça da Igreja Matriz e recombinam seus sons. O caminhante deposita uns reais no chapéu e canta, se une.

Por entre a ambiência romanesca dos lampiões das antigas ruelas, se revelam ateliês de artes visuais, museus, cachaçarias. E, depois, chegar até a ponte que atravessa o rio Perequê-açú, que um dia abrigou em suas margens o primeiro povoamento da cidade, e recostar-se em companhia.

O dia seguinte é de preguiça no balançar dos barcos, que saem do cais de Paraty em busca de novas paragens, aquelas ilhas que se avistam do píer que desequilibra e entontece. Por estar localizada quase ao nível do mar, a cidade foi projetada levando em conta o fluxo das marés. Então, periodicamente, suas ruas inundam pela maré alta e obrigam a dobrar a barra das calças, a arribar as saias e se descalçar, meter o pé n’água que cobre ruas, a depender da lua, e que faz da cidade duas, uma de pedras, outra espelhada.

*A repórter viajou a convite da Coral.