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Cinema, pipoca e camiseta: o sucesso do Pé na Estrada

*Por Claudia Ferraz. Continua até o final deste mês de outubro o projeto Cinema Pé na Estrada, uma realização do Cineclube Paraty, que já está fazendo história na região. Não perca! As próximas sessões serão em São Gonçalo, Taquari e Mambucaba. Saiba mais sobre esse cinema itinerante e participe.

Cinema de qualidade chegando às comunidades, com quatro exibições por final de semana (quase sempre às sextas e sábados), ocupando escolas, praças, campos de futebol e outros espaços não convencionais. É com essa garra (e com muita emoção da equipe realizadora) que o projeto Pé na Estrada se repete pelo terceiro ano consecutivo em Paraty, desta vez chegando a oito comunidades da costa norte. As crianças adoram.

Veja as fotos:

Começou em setembro na Praia Grande e vem seguindo com sucesso por onde passa: Graúna, Barra Grande, São Roque, Tarituba, e agora, até o final do mês, quando promete reunir gente de todas as idades em São Gonçalo, 14 e 15 de outubro próximos, sexta e sábado, com sessões às 18h30  e 20 horas na Escola Municipal (se não chover, no campo de futebol, ao lado da escola); no Taquari, dia 20, quinta feira, durante a Fip do Taquari; e dia 22, sábado, na Associação dos Moradores; e em Mambucaba, dias 28 e 29, às 18h30 e 20 horas, no Colégio Estadual Almirante Álvaro Alberto.

São as crianças, e era de se esperar, as que mais se entusiasmam quando o cinema chega. A chegada da Van é certeza de diversão diante da telona. E ela chega lotada: não só de promessas de sonhos, risos e lágrimas, mas com filmes, projetor, fios, luzes, a tela, claro, e um grupo de apaixonados por cinema, que acredita valer a pena multiplicar essa emoção de sentar no escurinho, grudar os olhos na tela, esquecer do mundo e dos problemas, e se envolver com a história. Rir ou chorar no cinema é, sim, uma das boas coisas da vida.

Até agora, o Pé na Estrada 2011 reuniu um público total aproximado de 180 pessoas, em três locais: Praia Grande, Graúna e Barra Grande. Com uma média de cerca de 93 pessoas por comunidade ou de cerca de 47 pessoas por dia.

Lauro Monteiro, diretor administrativo e de Comunicação do Cineclube Paraty, ressalta entusiasmado: “Mais ou menos 90% deste público é composto por crianças. Bem parecido com o que ocorreu nos dois anos anteriores”, diz ele, destacando que a sessão mais lotada até agora aconteceu no  primeiro dia na Barra Grande. “Foi ao ar livre, numa quadra de esportes, com cerca de 100 pessoas presentes, entre crianças e adultos.”

Criando hábito

Para André Góes, diretor-geral do Cineclube Paraty e idealizador do Cinema Pé na Estrada, a trabalheira e o vaivém nem chegam a cansar demais. “Uma das melhores coisas que estão acontecendo este ano é a boa aceitação do projeto pela “sociedade organizada” das comunidades. Desde a pré-produção, quando fizemos as visitas preliminares para definir os locais e os horários das exibições, até a realização das sessões, a recepção foi animadora.

Buscamos envolver os presidentes das respectivas associações de moradores e todos nos receberam muito bem, colaborando com o trabalho. Na Praia Grande, a coordenadora da escola onde as sessões aconteceram também colaborou muito, vestindo literalmente a camisa do projeto. No Taquari e Mambucaba, as escolas também prometem estar bastante envolvidas”, registra André

.


Um programa para todas as idades

Bom observador, André confessa que este projeto itinerante é uma oportunidade para notar certos comportamentos de um público que nem sempre tem a chance de ir ao cinema.

“Quando a sessão aocntece num espaço aberto, ao ar livre, percebo que vários jovens e adultos ficam, no início, em pé, distantes da tela. Depois de algum  tempo de filme, eles vão se aproximando e muitos acabam se sentando, e ficam até o fim da sessão. Em outras palavras, colocam-se numa posição de curioso à distância, a princípio sem querer se envolver. Mas a maioria se rende à sedução do cinema”, interpreta André Góes, que acredita no projeto itinerante como solução  fundamental para formar públicos.

“Sem contar que nas comunidades, e que não é muito diferente das sessões de terças-feiras na Casa da Cultura, o estímulo não é apenas assistir a um filme. Muita gente também vai para um encontro, um evento social. É um motivo para sair de casa, se divertir, se informar e encontrar as pessoas”, acredita ele, sem deixar de ressaltar o apoio da Eletronuclear: “Aliás, apoio fundamental! A empresa reconheceu a importância do projeto de cinema itinerante e a seriedade com que estamos realizando nossas atividades há mais de 4 anos”, conclui André.

Equipe com garra e boa vontade

Além dele e de Lauro Monteiro, o time apaixonado por cinema e que aposta na formação de público graças a iniciativas como esta é formado por Dus, Artur, Marta Viana, Rômulo e Waguinho. Cada um com uma função, todos, porém, ajudam na hora divertida da distribuição de pipoca e camisetas.

O Pé na Estrada prevê doação de pipoca em todas as sessões. “Entregamos todo o material (milho, saquinhos, sal, óleo) e pedimos para alguém da comunidade preparar. Na Barra Grande, conseguimos que um morador-pipoqueiro fizesse isto com seu próprio carrinho de pipoca”, conta Marta Viana, ela própria bastante entusiasmada e incansável nas idas e vindas do cinema itinerante.

E para deixar o programa ainda mais emocionante, a cada sessão as pessoas que encontrarem um “vale-camiseta” dentro do saquinho de pipoca ganham o brinde. E a camiseta deste ano é linda, posso garantir.

Em resumo, o Pé na Estrada, tal como nos bons filmes que a gente jamais esquece, é um projeto que promete final feliz em 2011. E que tem tudo para repetir a dose em 2012, quando muito mais gente de todas as idades estará aguardando chegar a “próxima sessão” de cinema.


*Claudia Ferraz é a jornalista responsável do ParatyOnLine e editora do Blog  sobre arte, viagens, design, arquitetura e decoração Adoro Azuis.


Fotos: Lauro Monteiro